OABALUAIÊ

(A DANÇA DOS 9 ORIXÁS - CRIAÇÃO E ADAPTAÇÃO DO GRUPO FRUTOS DO PARÁ)
 

O Obaluaiê (ou Oabaluaiê) é de origem africana, manifestação que se ramificou do candomblé africano. Foi implantado na nossa região na era colonial da mesma forma como o foi nas demais províncias e regiões brasileiras.
  No Pará e em outros estados é a denominação comum para se homenagear um determinado orixá com cultos afro-brasileiros.

O Obaluaiê  e uma homenagem prestada a um orixá,  Obaluaiê, o qual, segundo as lendas, é uma divindade das doenças e chagas e simboliza a morte. De acordo com os iorubanos, esse orixá  tem seu corpo todo cheio de chagas.
 

(Mamãe Oxum, Nanã, Iemanjá, Iansã, Obaluaiê, Oxóssi, Ogum, Xangô, Oxumarê )
 

O Obaluaiê  se inicia com uma invocação ao orixá  que pertence a linha de São Lázaro ou São Roque, com a repetição feita pelo coro, seguindo-se outros temas que invocam a proteção para o grande orixá, e no final todos os 8 orixás que estão em cena (Iansã, Oxossí, Iemanjá, Xangô, Mamãe Oxum, Ogum, Nanã e Oxumarê), fazem reverências ao orixá homenageado que é o Obaluaiê. A presença dos outros orixás, inclusive suas vestimentas características, foi uma criação e adaptação do grupo Frutos do Pará, pois nas representações de outros grupos, observa-se apenas os outros componentes usando a mesma roupa de palha do obaluaiê, sem definição dos demais orixás. É dançado por homens e mulheres e pode ser encontrado nos terreiros de umbanda e candomblé.

Para o acompanhamento musical, são utilizados instrumentos de pau, de corda e de sopro como: Curimbós, maracás, ganzás, banjos, cacetes e flautas.