VAQUEIRO DO MARAJÓ
A Dança dos Vaqueiros do
Marajó, foi criada, a principio, para uma coreografia do professor
Adelermo Mattos, utilizando uma música das vaquejadas do Rio Grande
de Sul, através de observações dos movimentos corporais
dos vaqueiros, na tentativa de laçar o boi, onde os movimentos realizavam
um verdadeiro malabarismo para conseguir o feito, tanto no seu dia-a-dia
quanto nos dias festivos da exposição pecuária em
Soure, na Ilha do Marajó.
Mais tarde, com o surgimento
do Grupo Parafoclórico “Asa Branca” ( Icoaraci-PA ), a professora
Etelvina Cordeiro, inspirando-se no “aboio” do Vaqueiro, bem como nos movimentos
desenvolvidos pelo caboclo marajoara nos campos e durante as feiras pecuárias,
compôs um poema retratando o dia-a-dia do nosso vaqueiro. Esse poema
foi musicado, inspirado nas brincadeiras de boi-bumbá.
Como nas festas de exposição pecuária na Ilha do Marajó somente os homens participavam dos torneiros, a presença das mulheres também foi excluída dessa dança, onde não há coreografia definida. O que a caracteriza são os sons produzidos pelos tamancos de madeira usados pelos dançarinos e os movimentos com o laço, como se fossem laçar um boi. É uma dança de belíssimo visual e que empolga a todos os assistentes. Atualmente a Dança dos Vaqueiros do Marajó é reconhecida como dança folclórica.
A expressão corporal compõe-se de movimentos utilizando os laços de corda de sisal na complementação dos efeitos visuais. Para o acompanhamento musical, observa-se, rigorosamente, a proibição de instrumentos eletrônicos, são utilizados instrumentos de pau, de corda e de sopro como: Curimbós, maracás, ganzáz, banjos, cacetes e flautas.
INDUMENTÁRIA
Os interpretes usam chicotes de couro cru, calças brancas sempre arregaçadas, camisas com motivos marajoara ou mesmo sem camisa, chapéu de palha, além de uma espécie de capa vermelha ou azul que serve de proteção para a extrema umidade das madrugadas marajoaras, para a marcação rítmica.