Selma Reis



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   Moradora de São Gonçalo, Niterói, quando criança, Selma participava de brincadeiras na rua, típica de um município do Rio de Janeiro, com ares de cidade do interior. A paixão pela música vem daí, pois sua família era ligada a rodas seresteiras e de vez em quando, em plena madrugada eram acordados por um desses grupos cantando. Dessa forma Selma se envolvia cada vez como mundo fascinante das vozes.
   O tempo passou, e Selma seguio o caminho natural da vida de qualquer jovem. O que fazer profissionalmente? Entrou para a faculdade de comunicação, só que no meio disso tudo, uma viagem de três anos para fora do país, mudou o rumo de sua vida.
   Selma foi parar na França, mais precisamente na cidade de Nanies, numa região muito charmosa chamada de Pays de La Loire. Todos esses acontecimentos no auge de sua juventude, num grande momento de buscas, o que a ajudou muito no crescimento como ser humano. Uma grande experiência.
  Aproveitando essa sua longa temporada, fez dois anos de Letras e alguns cursos de música. Com um desejo autoditada de sempre experimentar e descobrir coisas ligadas a voz, sempre que podia, viajava para Paris, afim de participar do seminário de voz e de aulas de técnica vocal.
  Em 1987 finalemte grava Selma Reis, seu primeiro disco independente. O que era sonho virou realidade. Dali novos trabalhosd se sucederam. Em 90, mais um Cd com seu nome, o Selma Reis, e em 91, o Só dói quando eu Rio.
  Em 1993, um grande marco na sua carreira foi o CD Selma Reis, gravado em Londres. Com arranjos de Grahaam Presket, arranjador de Paul McCartney e Elton John, foi um dos maiores investimentos da sua vida. Dois anos depois, em 95, a cantora começa a experimentar o lado intérprete, mais cantadora. Surge outro grande sucesso, Todo Sentimento.
   Em 1996, Achador e Perdidos, uma belíssima obra, onde Selma passeava com sua potente voz, pelas músicas do Mestre Gonzaguinha.
   Finalmente agora em 99, Ares de Havana, onde Selma mostra todo seu amadurecimento como intérprete e cantora, cantando músicas Cubanas, onde sem dúvida é um dos mais aprimorados trabalhos de  sua vida.
   Uma cantora sempre em busca de desafios, Selma cumpriu no Brasil, antes de embarcar para Cuba, uma temporada de grande sucesso, ao lado de Rosamaria Murtinho, no musical Abre Alas, com o personagem Mimi, sendo esse um grande desafio seu.
   Pela primeira vez aventurando-se como atriz, Selma recebeu elogios de crítica e público, abrindo-se assim mais uma possibilidade artística. A cantora, a convite do diretor Jayme Monjardim, após assisti-la no musical, participou da gravação de um clipe da minissérie, Chiquinha Gonzaga, da Rede Globo.


  (NOV/2002)Após uma temporada no teatro junto com Lucinha Lins, Selma relançou ano passado o excelente album "Todo Sentimento". O show de mesmo nome no Teatro Rival foi um espetáculo a parte. Selma começou com a excelente "Foi Deus" de uma maneira simples e marcante. Acompanhada somente de um pianista e algumas vezes do Coral da Telefônica Celular, Selma mostrou a que veio. Simplesmente fantástico. Eu fico imaginando nas pessoas que não a conhecem, fico pensando na fantástica melodia que deixam de escutar. >


>Todo sentimento de Selma Reis mais uma vez destinado ao sucesso por Alex Silper
> Teatro Rival lotado por fãs, imprensa e celebridades. Selma Reis entra no palco entoando Foi Deus (S Manoel / A F Janes), acompanhada do maestro Ricardo MacCord, anunciando a carga emocional em que a noite seguiria, sem subterfúgios; somente alma, voz e piano. Com algumas modificações do antigo show, a cantora incluiu músicas de seus outros cds no roteiro, como, Sangrando de Gonzaguinha, do álbum, Achados e Perdidos. Bibi Ferreira, Lucinha Lins, Rosana Garcia, dentre outros, aplaudem esfuziantemente. Selma avisa que está celebrando sua infância e relembrando momentos marcantes de sua trajetória de vida, passando pelas experiências na França e em Cuba, onde gravou o CD Ares de Havana, e homenageia o compositor Silvio Rodrigues com uma canção. A espinha dorsal do show Todo Sentimento vem do relançamento do CD homônimo de 1995, agora distribuído pelo selo Albatroz. A participação especial do coral da Telefônica Celular, primeiramente em Beco do Mota (Milton Nascimento e Fernando Brant), ponto alto do show, e Palavra de Mulher de Chico Buarque, deixa bem claro que a voz é o maior instrumento da noite. Dotada de uma técnica vocal invejável e com grande verdade cênica, Selma não poupa energias para transmitir ao público todo a emoção que cada canção lhe proporciona. É a celebração ao canto. Para Bibi Ferreira, "Selma é a presença de uma grande estrela. Força grande! Luz forte! Voz bonita. Usa graves, médios e agudos da mesma maneira, sem destoar. Não existe desnível, técnica apurada!", diz a estrela de ouvido absoluto que não poupa elogios, "Cantora com inteligência. Vai entrando no palco, vem simples, de cabelo jogado, vai cantando, cantando... Nos faz lembrar a nossa capacidade de amar". Em relação a sua postura cênica, Selma acredita que "não existe dramaticidade em meu trabalho e sim tragédia. Pois o drama vive a neurose do sofrimento e a tragédia vai ao fundo do poço, é radical em seus sentimentos". Ao contrário de outras cantoras, a intérprete pensa ser uma mulher batalhadora e que alguns de seus cds não foram tão bons, por momentos imaturos, mas paga um preço honesto por um trabalho que prima pela qualidade. Confirmando seu estilo, foi convidada e desafiada inúmeras vezes, para atuar em tv, na mini série Presença de Anita, e no teatro, no papel de uma professora de canto no musical Um dia de sol em Shangrilá, com sucesso absoluto ao lado de Lucinha Lins. Com agenda lotada, sem saber exatamente todas as datas de cabeça, Selma está cantando as músicas, Beatriz (Milton Nascimento) e Aquarela do Brasil (Ary Barroso) acompanhada da Orquestra do Teatro Municipal e com primeira bailarina Ana Maria Botafogo no espetáculo Ana In Concert, que está rodando o país. E para não restar dúvidas de seu talento também no teatro, a primeira dama dos palcos brasileiros, Bibi Ferreira, a convidou para cantar no musical, Ana Dança Bibi, em que vai fazer assistência de direção para sua filha Tina, no ano que vem, sobre sua própria vida. "Fui coroada pelos Deuses, ser dirigida e ainda cantar as músicas que ela interpretou, é a glória!" diz Selma que, acredita estar Bibi, em um patamar além; por escrever, interpretar, cantar e dirigir há tantos anos. Mas a admiração vem de ambas as partes, pois Bibi diz que "Selma está desenvolvendo um processo de expressão da mais alta categoria e acessível a esse tipo de projeto. Uma mulher jovem com uma carreira longa pela frente". Assim começou a nova turnê da cantora, destinada novamente ao sucesso de público, com o aval de Bibi Ferreira e com muitos outros projetos. Foram anos fiéis de transparência ao que acredita ser a música brasileira. A reverência da mídia pelo seu trabalho hoje, não é a conquista maior para Selma Reis, mas a platéia aplaudindo e lotando os lugares onde tem passado, sim; diz a cantora. O show Todo Sentimento segue pelo Brasil e com possível retorno ao Teatro Rival em Janeiro de 2003.   

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