Está de Luto o Nosso Fado

Afamada figura, muito admirada

 Pelos seus e estranjos também,

 Cumpriu a sua caminhada,

 Cantando aqui, ali, e mais além!

 Embaixatriz do nosso fado,

 Com o dedilhar da guitarra,

 Amor e sofrimento a seu lado,

 Cantou na tristeza e na farra!

 Com garganta tão afinada,

 Voz ímpar, timbre sem rival,

 Jamais será ela duplicada,

 Como Amália, não haverá igual!

 Lançou aos quatro ventos

 Sons dolentes e sofridos,

 Ecos de seus sentimentos,

Em guitarras seus gemidos!

 Portugal jamais esquecerá

 Quem do seu meio surgiu,

 Aquela que foi seu alvará,

 Quem seu horizonte expandiu!

 A coroaram e muito bem

 Rainha da Canção Nacional!

 Sem favores de ninguém,

 Mereceu tal título real!

Beleza a tantas igual,

  Sorrindo com franqueza,

Símbolo de ser, afinal,

 Castiça mulher Portuguesa!

 Seu nome Amália era,

 Ficará sempre na história;

 Sua voz cantando quimera,

 Não nos sai da memória!

 Dia friorento, incerto... 

Sem saber, a hora chegou,

 Sua alma subiu, por certo,

Ao Senhor que a criou!

 Sua vida mortal findou 

No raiar da madrugada,

 É a maior estrela que ficou

 No céu da terra amada!

Jamais haverá outra igual!

 Jamais será por ela cantado,

P'la Rainha, Amália de Portugal 

 Está de luto o nosso Fado!

 ©Ann Marie S. Matias

 6 de Outubro de 1999 - 6 de Outubro de 2002

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Página e Poema de:

©Ann Marie

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