Meu Amor Trabalhador

Se ergue estremunhado,

Ao raiar da alvorada,

Do leito aconchegado,

A caminho da madrugada.

De pardais nem a chilreada,

Entre o silêncio enublado,

No rumor da noite parada,

Mui prestes encara seu fado.

Intensa labuta quotidiana,

Sem vagar para o lazer,

Qual batalha sem vitória...

A sorte, longe, lhe abana,

Lega-lhe o único prazer

De vida recta por glória.

 

Página e Soneto de:

©Ann Marie

 

Ariedam@aol.com