ðHgeocities.com/Vienna/Stage/1233/Versos_P.htmlgeocities.com/Vienna/Stage/1233/Versos_P.htmldelayedxqbÕJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈpý¡‡OKtext/htmlpáƒ9‡ÿÿÿÿb‰.HThu, 26 Oct 2000 18:58:39 GMT<Mozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98)en, *qbÕJ‡ Am‡li Rodrigues

Versos de Amália

Entrei na vida a cantar

Entrei na vida a cantar

E o meu primeiro lamento
Se foi cantado a chorar
Foi logo com sentimento

Com as outras raparigas
Pelas ruas a brincar
Corri ao som das cantigas
Parava só p’ra cantar

Mais tarde já mulherzinha
Cantei meu primeiro amor
E também cantei sozinha
A minha primeira dor

A vida tenho passado
Alegre triste a chorar
Tem sido vário meu fado
Mas constante o meu penar

Tive um coração perdi-o

Tive um coração perdi-o
Ai quem mo dera encontrar!
Preso no fundo do rio
Ou afogado no mar!

Quem me dera ir embora
Ir embora sem voltar!
A morte que me namora...
Já me pode vir buscar!

Tive um coração...Perdi-o!
Ainda o vou encontrar
Preso no lodo do rio...
Ou afogado no mar!


Grito

Silêncio...
Do silêncio faço um grito
E o corpo todo me dói!
Deixai-me chorar um pouco!
De sombra a sombra
Há um Céu...tão recolhido...
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido...
Ao Céu!
Aqui me falta a Luz!
Aqui me falta uma estrela!
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.
E eu...
A quem o Céu esqueceu
Sou a que o mundo perdeu.
Só choro agora...
Que, quem morre, já não chora!


Solidão
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura!
Ai solidão!
Quem fora escorpião!
Ai solidão...
E se mordera a cabeça!
Adeus...
Já fui para além da vida!
Do que já fui tenho sede!
Sou sombra triste
Encostada a uma parede!
Adeus...
Vida, que tanto duras!
Vem, morte que tanto tardas!
Ai...como dói
A solidão quase loucura!




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